sábado, 6 de setembro de 2014
Achado...
Achado num texto. Registrado pra ser lembrado.
“Com a minha experiência aprendi pelo menos isso: que se uma pessoa avançar confiantemente na direção de seus sonhos, e se esforçar por viver a vida que imaginou, há de se encontrar com um sucesso inesperado nas horas rotineiras. Há de deixar para trás uma porção de coisas e atravessar uma fronteira invisível; leis novas, universais e mais abertas começarão por se estabelecer ao redor e dentro dela; ou as leis velhas hão de ser expandidas e interpretadas a seu favor num sentido mais liberal, e ela há de viver com a aquiescência de uma ordem superior de seres. A medida que ela simplificar a sua vida, as leis do universo hão de lhe parecer menos complexas, e a solidão não será mais solidão, nem a pobreza será pobreza, nem a fraqueza, fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão vosso trabalho; eles estão onde deviam estar. Agora colocai os alicerces por baixo”. Henry David Thoreau, “Walden” ou “A Vida nos Bosques” (Editora Ground, tradução Astrid Cabral).
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
O Deslumbramento
“O que teria ocorrido? Lol não vai longe no desconhecido sobre o qual se abre aquele instante. Não dispõe nem mesmo de uma lembrança imaginária, não tem ideia alguma desse desconhecido. Mas o que ela acredita é que devia penetrar nele, que era o que precisava fazer, que teria sido para sempre, para sua cabeça e para seu corpo, sua maior dor e sua maior alegria confundidas até em sua definição, que se tornou única mas inominável na falta de uma palavra. Gosto de acreditar, como gosto dela, que se Lol está silenciosa na vida é porque acreditou, no espaço de um relâmpago, que essa palavra podia existir. Na falta de sua existência, ela se cala. Teria sido uma palavra-ausência, uma palavra-buraco, escavada em seu centro para um buraco, para esse buraco onde todas as outras palavras teriam sido enterradas. Não seria possível pronunciá-la, mas seria possível fazê-la ressoar. Imensa, sem fim, um gongo vazio, teria retido os que queriam partir, os teria convencido do impossível, os teria ensurdecido a qualquer outro vocábulo que não ele mesmo, de uma só vez os teria nomeado, o futuro e o instante.” – ‘O Deslumbramento – Marguerite Duras’
quinta-feira, 27 de março de 2014
O ato de narrar
A Psicanálise é um campo que se desenvolveu através da escrita.
Muitos psicanalistas se deparam com a necessidade de narrarem suas experiências clínicas, suas análises culturais, mas isso nem sempre é fácil, visto que conta com a palavra, aquela que esconde e revela sempre mais do que se deseja.
A revista Percurso, publicada pelo Instituto Sedes Sapientae, traz um texto interessante sobre isso. Vale muito a leitura.
http://revistapercurso.uol.com.br/pdfs/p25_debate.pdf
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Um giro, uma retomada
Parece que a viagem terminou em Pokhara, mas ela seguiu. O que não seguiu foi a necessidade de escrever, relatar, retratar essa experiência.
O que passou, está aqui, registrado. Aqui não é o blog, mas a minha mente.
Falando em mente (real-mente?), o segundo semestre de 2013 ofereceria mais um tempo de estruturação de Conhecimento, e isso não parou por lá. O estímulo provocado pela Escrita e pela Filosofia, me empurraram para uma nova forma de estudos em 2014. Dois grupos, na verdade uma dupla e um grupo, que devem começar em breve.
A dupla, visa a Escrita e já começa agora em fevereiro. O grupo visa a Filosofia, mas ainda não tem data certa pra começar, espero que seja logo após o Carnaval.
Tem sido interessante pensar no objetivo dos grupos, pois como o processo de escrita, afinal, tudo é uma tradução de um desejo, de uma marca, é preciso esforço para passar uma coisa de um campo meramente impulsivo e torná-lo realizável. O conceito pede forma e essa precisa de lapidação.
Talvez esse blog seja retomado com mais frequencia para retratar um pouco dessa experiência e dar corpo à angústoa desse processo.
Escrever a vivência que transcreve a experiência.
Talvez essa seja uma frase que servirá como questão de início dos trabalhos sobre a Escrita.
Que o fio de Ariadne nos guie nesse labirinto.
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