segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

You only live....

Era frio...
Viagem de férias... aliás, nem considero muito assim, penso mais em 'viagem', porque o motivo, é esse mesmo, ir.
 Dessa vez, de novo, tem síntese... e o desejo de fazer das anteriores, que não tiveram sua chance de aparecer registradas aqui.

Londres



O imaginário já tantas vezes construído não deixava muito espaço para a surpresa. Isso de modo algum foi ruim, mas não impactou como poderia. O frio, esperado, foi agradável. As distâncias, insabidas, foram  possíveis. O prazer de ver ao vivo, trouxe encanto.

Edimburgo


O frio apertou e com ele veio chuva. O antigo aparecia mais, marcando a presença do tempo em tudo. Um lugar quase cenográfico, visto pelo ângulo do turista. A cidade que tenta acontecer nas brechas dessa insistência da fortaleza que outrora regeu aquele lugar. Queria ter comido mais em Edimburgo. Sei que deixei por saborear tantas coisas ali.

Glasgow


Sim, uma surpresa boa. A cidade fria, mas agradavelmente aberta. Parece que tem espaços que não senti na outra cidade escocesa conhecida. Notei que a universidade me chama, porque depois de vê-la, quis morar um pouquinho ali. Volto, sei que volto.


Dublin



Merece duas fotos, pois é uma cidade diferente de dia e de noite. Preferi Dublin dia. A arquitetura, a cultura, tudo fica muito colado na versão de mundo inglesa. Podem ter se desligado da grande-mãe, mas permanecem ainda vinculados às origens. Frio, menos severo. A amplidão das ruas, parques, do rio, tudo aparece de dia. Nas noites, tudo parece pub, até as avenidas movimentadas.
Acreditei que eu entenderia a sonoridade de James Joyce. Não consegui. Mas percebi que aquela língua mistura muitos idiomas. O barulho dos pubs, com o som da música, das garçonetes, dos talheres, além da rua. Risadas e conversas. Essa é a composição genial. 


Clifs of Moher


Uau, uau, uau.... frio, vento, mar, montanhas... trilhas, medo, desejo de voar..... Os olhos não podiam se fechar. Os ouvidos só queriam escutar os silêncios atravessados pelo som do vento potente e dominante. Esses são os Clifs of Moher.

Galway



Uma belezinha no meio do caminho. Na ida de Dublin para os Clifs passamos por pequenos vilarejos encantadores. Na volta, fazemos o percurso mais interessante, porque vamos primeiro encontrar outra cidade grande da região, Galway. Dali, vamos contornando a costa, vendo o mar de um lado e as pequenas propriedades do outro. Uma delícia. Galway é a cidade de Nora, mulher de James Joyce.

Belfast



Sim, a capital da Irlanda do Norte é uma cidade pequena, bonita, espaçosa, encantadora. Muito religiosa, o que gerou uma guerra terrível. Convidativa à caminhadas, com a história do Titanic entre suas celebridades. Arte de rua, o rio entrecortando a cidade, bairros abertos às opções mais liberais, mas tudo funcionando sob controle. Vale mais um tempinho por ali.

Paris


De novo, cheguei! Agora sem guia, só com a vontade de ficar muitos dias ali. Explorar ruas, museus, comida, bebida, tudo. Muito mudou nos sete anos de distância entre a primeira visita e agora. Muito mais protestos, moradores de rua, intolerância, mal-humor. Mas Paris está ali, um museu que transpira o hoje. Incrível essa capacidade. Tudo brilha nos olhos de quem vê. Pensei em sair um ou dois dias de Paris na semana que passei ali. Mas ainda tinha tanta cidade pra percorrer, que fiquei.

Londres again

Londres Calling. Fase dois era mais intensa, tinha que ter um tantinho de rock. O frio parecia menos intenso. Nosso alojamento era num lugar diferente, mas o mais típico do clima inglês possível. Muito a percorrer, pouco tempo para tanto.



Meu coração bate, bate forte. Hoje quando perguntada sobre 'e aí?', suspirei, curti, mas não disse nada disso, não mostrei paixão, remoí o que não mais queria, mas fiz. Prometo, voltar logo, logo e dizer 'amei!"