quarta-feira, 30 de junho de 2010

O que eu faço.. parte 2

Então, ontem respondi a uma pergunta simples e direta.

Mas percebi que aquilo não era tudo, mas o que fazia como ofício, então resolvi pensar em outra resposta, que também envolve rotina e atividade, mas com outro caráter.

Pilates. Sim, o mundo se rendeu ao pilates até a próxima moda, mas essa série de exercícios posturais, funcionais, respiratórios, encanta. Quem pratica pilates por um tempo sabe que além da atividade física a que se propõe, a constância e a permanência constrõem uma relação emocional com o exercício. Digo, minha vida é antes e depois do pilates. Duas vezes por semana, de manhã cedinho ou finalzinho de tarde. Inspira, expira, inspira, expira...

Francês, porque afinal, eu chamo Simone... Hahahahhaa
Ano passado decidi, vou estudar francês, naquele método formal, escola séria, do primeiro ao último módulo, tudo como manda o figurino. O que eu farei com isso depois, sei lá, mas só a diversão, o empenho e a satisfação de um novo conhecimento já valem. Fora aquela crise de professor bom e mau, de provas e notas, de desafios e principalmente, no caso de idiomas, da bendita pronúncia e fluência numa língua estrangeira. Curioso é o quanto o francês tem palavras próximas do português, mas também inglês, tudo se mistura, no princípio e no fim.

Um trio é sempre melhor, né?!? Então vamos ao último de hoje...

Não, não faço nenhum artesanato. Minhas mãos não são tão hábeis quanto a minha mente... uma pena, mas é uma questão que está sendo processada.

Sim, poderia discorrer por outras atividades físicas, mas seria muito chato...

Ah, lembrei!

Café eu amo, desde pequena, influência da minha mãe, afinal meu pai não tomava café, nadinha. Café de coador ou expresso e capuccino também entra aqui. De manhã, primeira coisa do dia, cheiro bom. Olho a janela e vejo o mundo enquanto a água ferve. Passeio pela casa enquanto o café passa pelo coador. Sento no sofá com a minha xicrinha, pensando, não pensando, inspirando o aroma, viajando....

Mais um dia começou...

O que eu faço.

Ontem, num encontro profissional interessante e inusitado, recebi o seguinte pedido:

"Me descreva resumidamente o que é isso que você faz."


E hoje, respondendo a esse pedido, vi que valia retomar minha regularidade no blog, meses depois desse sono metabolizante, e aí está: O que eu faço!

A Psicanálise tem um caráter clínico. As questões e aflições humanas estão aí, mais presentes do que nunca na sociedade contemporânea, onde Tempo e Dinheiro são símbolos de limitação. Através da análise, o sujeito angustiado e ansioso, sofredor de limites incoerentes, pode compreender melhor a si mesmo, perceber flexibilizações, conviver melhor com o mundo.

A Astrologia que faço é voltada para os aspectos psicológicos e comportamentais, inclusive porque meu olhar psicanalítico já se envereda por esse caminho. Vejo a Astrologia menos como misticismo e mais como uma linguagem simbólica do céu, associado ao homem. Somos humanos e convivemos com a Natureza, diferentemente dos animais, nossa capacidade intelectual nos permite explicar a natureza na qual estamos inseridos e principalmente atribuir associações daquilo que não vemos, mas sentimos, com elementos externos. Por isso criamos linguagens, para dar signos a aquilo que não ter forma. Os antigos viram no céu, no movimento planetário, nos ciclos, enfim, na cadência constante da natureza uma modificação nos humores e comportamentos humanos e de tanto que aquilo se repetia, no mesmo ritmo celeste, estabeleceram uma conexão. Os Sete Princípios Herméticos regem essa relação. Acho que o meu preferido é "O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima".
Os outros podem ser visto nesse site:
http://www.misteriosantigos.com/hermetic.htm

E, a Semiótica-Psicanalítica é um campo de estudo, reflexão, observação do mundo, de certa forma como faziam os antigos, para entender, avaliar, perceber tanto nos atos humanos atuais, quando nas produções artísticas, o que se destaca como um sintoma de nossa época. Muito se repete da história da humanidade, mas com outras roupagens e é nessa repetição que conseguimos perceber que futuro nos espera, ou ainda, como reinventar esse futuro.