quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Chegamos ao Nepal

Claro que já tem atraso no blog, vocês não imaginariam outra coisa, né?
No dia 04/2, logo cedinho saímos rumo ao Nepal. Os solícitos indianos nos fizeram lanches, pois nosso embarque seria muito cedo.
Isso salvou a pátria, pois tinha muita neblina e demoramos para decolar e para aterrissar.
Claro que o Léo só fica sabendo disso depois, porque ele amedronta demais o Lê...
Bom, no Nepal tudo é legal. As mulheres são mais liberadas, inclusive elas são incentivadas a fazer parte de posições sociais, é exigido que 1/3 dos integrantes dos partidos políticos sejam mulheres e as meninas todas vão para a escola. Yeah!
Pouca burocracia para o visto, pessoas mais sorridentes. Aqui, o namastê vem daquele que está na posição "inferior" para o superior. E esse depois responde.
O Nepal é um país bem carente, pobre, pois não produzem nada. Se orgulham de não terem sido colônia dos ingleses e nem cederem à China. Mas sofrem com muitos séculos de imperadores que foram substituídos por ditadores. Apenas há 30 anos vivem numa democracia com um partido comunista (bem corrupto) no poder. O Lê tem uma foto do outdoor do partido para mostrar.
Katmandu é uma cidade cheia de carros e motos. Como na India, todos buzinando e seguindo sem brecar, no meio dos veículos, pedestres e animais. A mão da direção é invertida, como na Inglaterra, e é bem divertido, porque olhamos pessoas olhando guias ou livretos e levamos susto de pensar que estão dirigindo sem olhar. Mesmo com o passar dos dias essa impressão não muda.
Apesar de não ter problemas de violência e crimes aqui, não podemos pegar transporte público (nem ousaríamos, tamanha lotação dos microônibus), só táxi. Mas a cidade é pequena e devemos negociar o preço antes de pegar o veículo.
Nas escolas, cada vez mais incentivam o aprendizado do inglês, muitas crianças não sabem os números em nepale, e quando os professores os veem falando em nepale com os amiguinhos, levam bronca. O inglês da criançada é bom, na rua, muitas crianças nos abordam, vem conversar, perguntar de onde somos e no final pedem dinheiro.
Os mais abastados mandam os filhos para as melhores escolas e depois para fora do país, pois aqui não existem chances de trabalho e remuneração.
Bom, mas além do histórico do lugar, no particular da nossa viagem, chegamos e ficamos no hotel Himalaya. Hotel super bacana, com belo jardim, com tempo, piscina, quadra de tênis. Show! Durante nossa estada, acontecia uma conferência da ONU ali.
Fizemos amizade com um casal do nosso grupo. Pouco mais jovens que nós. Trabalham na área de Comunicação / internet. Como existem poucos homens, o Felipe e o Leandro têm alguns papos em comum. E eu e a Paula, muitos.... vcs podem imaginar..
Bom, com isso, aproveitamos e saímos para jantar juntos e depois passear pela cidade à noite. Tudo fecha cedo, mas o trânsito de motos é infernal. Como os carros custam muito caro, todo mundo tem moto.
Bom, na manhã seguinte visitamos templos no centro da cidade, templos no alto do morro, templos numa cidade medieval. Lindos, sujos, lotados, impressionáveis. As pessoas são muito lindas. Mulheres absurdamente lindas e com suas roupas coloridas parecem sempre muito elegantes. Além disso, são vaidosas, se maquiam, mas os pés, ai, ai... Meias e sapatos velhos, também, num chão lamacento e calçadas sem calçamento, pra quê um sapato bacana?
Os homens mais jovens são bem bonitos também. Como são uma mistura de indianos e chineses, nos lembram muito nossos vizinhos latinos. Tem horas que parece estar os na Bolívia.
Bom, mas depois dos tempos, almoçamos e voltamos a noitinha para o hotel. Tomamos banho e nos encontramos com o pessoal e ficamos no hotel mesmo, conversando e tomando uma sopa.
Havia uma festa de casamento no hotel e algumas pessoas do grupo se enfiaram lá pra espiar. Ai, os brasileiros sem noção.
Falando em casamento, as pessoas aqui não casam no dia que escolhe,, existem dias específicos para tal evento. E pegamos a semana do casamento no Nepal, já vimos muitos. Normalmente acontece assim: as festas são para no mínimo 500 pessoas. Os carros são enfeitados com flores colorias e uma carreata o segue até o local. Nosso guia aqui conta muitas curiosidades e histórias e isso é legal.
Ah, só pra terminar, estamos em abril de 2069, aqui, pois a contagem do calendário segue a Lua.
O Nepal tem deusas, muitas deusas, aqui a mulher tem espaço, né?
Deusas, chuvas, Lua, mulheres com poder.
Bom, próximo post tem Pokhara.
(Só pra avisar, algumas fotos são emprestadas do google, porque o Leandro tem tirado fotos só com a câmera e não descarregamos no ipad. Mas prometo que depois de Pokhara colocaremos fotos nossas. E mais, aqui no Nepal e internet é muito ruim, depois eu atualizo o post com fotos)





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