Chegou a hora de nos aproximarmos dos picos nevados do Himalaia. Fomos para a cidade de Pokhara, distante aproximadamente 200km de Katmandu, mas que demora quase 8h de estrada para chegar.
É um acesso importante, porque é a rota pela qual os produtos importados da Índia chegam ao Nepal.
Estrada sinuosa, mão dupla, emocionante. No começo, neblina e um clima que fez o pessoal do grupo ter ataques histéricos: cantoria, risadas, alguns de pé. Mas depois a neblina passou, e os campos agrícolas apareceram, irrigados por um rio lindíssimo esverdeado, que nos pontos mais baixos serve de local para rafiting. Paisagem linda. Os campos de arroz (principal cultivo e base alimentar do Nepal), me lembrou a "fazendinha", plantações de mostarda com flores amarelinhas. O tráfego intenso, motos, carros, ônibus e caminhões. Povos das montanhas nos pequenos povoados, tudo rural e pobre. Pontes bem rústicas cortando o rio de um lado a outro da montanha. Lindo, tocante.
Próximos a Pokhara todos olhavam o local e pensavam " onde vai ter o hotel da foto aqui?", pensamento que nos atinge em todos os lugares. Mas chegamos e realmente encontramos o prometido. Pokhara pode ser pensado como Búzios do Nepal, porque o centro se organiza próximo ao Pewa Lake, lago enorme com um templo no meio, que atrai turísticas e comerciantes. Os hotéis são bacanas, as lojas vendem produtos melhores e mais bonitos do que Katmandu, os passeios são mais agradáveis e o forte da região são esportes radicais.
O frio fez todo mundo ficar meio gripadinho, mas a beleza não tirou o ânimo de ninguém. Para quem vai ao Nepal, reserve mais tempo em Pokhara do que em Katmandu. Passeamos de barco pelo lago, passeamos, compramos, vimos o nascer do sol, lindíssimo e indescritível, com os picos nevados e rosados do Anapura (principais picos desse lado do Himalaia), o sol alaranjado surguindo atrás das montanhas e a cidade coberta por nuvens de fog. Um cenário de contos de fadas. Aqui descobrimos que a maior parte dos rios do Nepal tem nomes femininos em homenagem às deusas. Anapura, é uma deusa, portanto o principal monte daqui é uma homenagem ao feminino. Além, é claro, do calendário lunar.
Bom, tudo lindo, vamos voltar à Katmandu e depois direto para Varanasi, agora as próximas duas semanas são na Índia.
Pra quem vem para o Nepal, considere atrasos nos vôos sempre. Tanto na ida da Índia como na volta para lã, tivemos atrasos de pelo menos 1h e 30m.
Voltamos para a India de Budah Air, um avião pequenininho, divertido e bem tranquilo de voar.
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